25/04/2010

Mr. America

Fui assitir pela segunda vez ( já que na inauguração estava mais que superlotada ) à exposição Andy Warhol, Mr America na Estação Pinacoteca .Ver senhoras com suas netas se fotografando em frente às Marilyns e todo mundo fotografando e filmando tudo, e se fotografando em tudo, foi como se estendesse ali, ao vivo, a própria exposição.
Seria uma homenagem maquinada ao acaso pelos impossíveis e inesgotáveis celulares?
Pena não ter levado minha câmera para filmar tudo isso e talvez pudesse ver Flavio de Carvalho entre o público, fugido da exposição bem comportada que, dizem, montaram para ele.
Seria mesmo demais.
Nos telões, largados nas cadeiras ou em pé, amigos, casais e todo tipo pop assistiam concentradíssimos aos filmes experimentais, como Blow Job, por exemplo.
Nem sei o que pensavam vendo o boy pasolínico gemer em pb.
Havia uma atmosfera eletrônica da presença de Warhol@
Em frente às serigrafias Jackies, onde o texto de Warhol, miúdo, dizia que nas galerias as pessoas passavam pelas imagens e repetiam baixinho: "Jackie", como se uma aura de santa a dominasse, eu ouvi, “e não sei bem se por ironia ou se por amor”, muitos passando e repetindo Jackie, e indo para os elevadores.
Eu também falei Jackie, para experimentar.
As polaroids digitais não paravam – ente espe(ta)cular esse Warhol.