22/01/2009

Amanhã

Ele vem amanhã – como a chegada da ânsia, da anciã que se escala na igreja de pedra. O cheiro de pão na esquina, o jornal mecânico – as febres amarelas e brancas, a febre do mercado doente, oscilante. Vai chegar no canto do galo, e no adiantar da luz no relógio de Sol, mesmo sem se entender direito sua jóia. Vai existir - libertário - o 23 de janeiro, apesar da vontade do facínora, do gajo engajado, da rapariga (s) comparsa, do presidente convencido, do nunca nesse sítio, vai existir o amanhã - sem que eu resista à sua aparição. A aparição de Obama nos deixou sem culpa de sermos humanistas. As vozes vampiras, que sugam a energia trevosa das guerras, sumiram. Por ora.
Sua mulher, Iansã, indo na frente, abrindo caminhos.
E no Dia de Nosso Senhor do Bonfim, Oxalá, pensei, relâmpago: e agora que mudei de panteão? Deixei para trás a crença de que algo se interfere entre mim e meu destino. Cultuo a sorte, esse raio desgovernado que acabará caindo sobre mim, sem mérito ou rezas. Oxalá ocorra, magari se faça, o banho de cheiro da sorte.


P.S: vocês que me mandam e-mails, obrigado, mas o blog se faz assim. Sem compromissos, nem com academias estéticas, nem com projetos de escrever igual a.
Fácil fazer um, é de graça, aí em cima explica-se: são três passos. Abraços.

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