O Mundo precisa muito mais que simplesmente se organizar para evitar as crises.
Seria preciso reverter toda política e toda ideologia contaminada pela opressão.
Seja a opressão de todos os lados que faz vítimas civis no desorientado Oriente Médio.
Seja a opressão cristalizada na gigantesca China, seja a opressão disfarçada de eterna revolução na minúscula Cuba.
A opressão é uma espécie de corrupção das mentes que vislumbram igualdade em todos os sentidos, uma igualdade fabricada por idéias que caducaram e se esfarelaram com o muro.
Afeganistão, Irã, Iraque, Palestina e Israel, China e Cuba, as ditaduras na África. É preciso muito mais que bravatas para modificar alguma coisa.
Não há sequer uma coerência por parte do governo brasileiro em relação a processos democráticos. Em Honduras foi golpe, e o Brasil endureceu o discurso ficando sozinho na defesa do ex-presidente. Agora a morte do ativista cubano praticamente na chegada do presidente a Cuba. Os Castro se eternizam num poder que serve apenas a eles, pois de resto tudo já se foi, esse sonho-pesadelo socialista de uniformizar pensamentos e classes, essa postura cruel de cercear o outro porque simplesmente existe e não deseja o mesmo que o establishment de farda ou pijama.
Chega a ser risível o discurso de liberdade que se faz no mundo, quando, tolos, consumimos os frágeis e datados produtos chineses. Produzidos pelos operários do grande formigueiro comunista, esses produtos são tão perecíveis quanto o pensamento de Mao e sua malfadada revolução cultural – que varreu milhões do mapa.
Cuba é apenas uma pequena casca disso. Sufocada por um isolamento ( também auto-imposto ), a ilha tenta sobreviver chamando seus adversários de mercenários e deixando que morram à míngua, detidos em seus hospitais, como ocorreu com Zapata.
Esse nome ecoando agora brevemente no mundo faz lembrar o outro, e isso tudo é de um simbolismo estarrecedor.
Que o governo brasileiro interfira em questões da Ilha?
Ninguém na América Latina ousa criticar uma revolução que, superada pelo tempo, ainda tenta se sustentar num imaginário apequenado do que seria uma sociedade justa. Justiça Social sem liberdade não serve para nada, é como um bom charuto mofado.