24/01/2008

Para a Misteriosa

Te chamei lá na sua casa da rua das palmeiras, igual no interior: mãos nas cadeiras. Rua antiga. Crossleys passando. Nada, escuridão e silêncio.Da sacada vi sua imagem tomando conta do ninho de sabiá. Você deixou sua imagem lá, aprendeu onde isso hem? Sei que da chuva que espelhava o asfalto veio a imagem da paz - um êxtase crístico. Dele me aproveitei, eu que sei agora afastar demônios! A alegria se aproveitou disso também e me rumou para a Lapa - iluminada e barulhenta. Lá encontrei quem não esperava nem chamava, lá rodopiei meus calcanhares em direção à festa - que ela sempre me rodeia. Lá, mesmo que não queira, o riso de malandro sempre se me apodera ( é assim que se inscreve? ).
A esquina me tragou, evoei.