Não há um argumento, uma razão, qualquer justificativa que me faça aceitar morte de crianças e civis por ataques em guerra, ou por qualquer outro ataque. Quando, na Internet e nos jornais impressos, leio tentativas de explicação de tal fato torno-me imediatamente estrangeiro. Desenraizado, não terráqueo. Não posso partilhar o mesmo planeta com pessoas que buscam justificar tal ação. Já li muitas análises sofisticadas ( crianças-escudo, a carne mais barata do Oriente Médio, futuros terroristas, é o que querem insinuar ? Direito de resposta, ataques preventivos a ataques sem direção, guerra religiosa antiga, e muitos etcs ). NADA, mas nada mesmo pode ser justificável para massacres de civis. Que o mundo acorde logo, e interrompa esse genocídio. Além do círculo do interesse e do poder tem que existir outro tipo de gente – e ainda acredito que exista. A insanidade do homem não tem fronteiras nem limites, em qualquer época. Enquanto os analistas pensam essa amaldiçoada guerra dos seus escritórios refrigerados ou aquecidos, estão lá crianças e mulheres encurraladas em busca de uma saída que não existe. Enquanto rebuscam em suas bibliotecas, modernas ou mofadas, razões que justifiquem qualquer ato, de qualquer lado, o inferno se instaura na Faixa de Gaza de noite, madrugada e de dia. As portas do inferno de uma guerra, abertas em tantas épocas, precisam ser fechadas em definitivo. Não posso sequer imaginar que pertenço a esse tipo de raça de homens. Nem os que se explodem para glorificar seu martírio nem os que explodem crianças para demonstrar sua existência e força. Não há lado a ser defendido quando a barbárie torna-se o discurso.
Virtualidades
10/01/2009
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