Estou de saco cheio dessa propagação da ruína do Planeta. Agora insistem em um planeta imenso que vai detonar tudo. Antes era um meteoro. Antes, ainda, o eixo ia entrar em crise e virar a Terra como uma bacia, tudo com data para acontecer. Antes era 1997, depois 2000, agora 2012 – por causa do calendário Maia. Ou seja: dizimam as civilizações nas invasões e depois utilizam seus calendários.
E pestes antecipadas – gripes suínas-humanas – que são, não são, letais. As pessoas com máscaras – focinhos?
O Armagedon dos que dizem escolher o além à vida terrena. Ora bolas, se uma pessoa não consegue ver o divino a seus pés e a seu redor, vai achá-lo nas estrelas?
Um dia, num camping, vi isso claramente. Gnósticos afoitos buscavam a constelação de Órion e se emocionavam com o resultado da boa imagem que o telescópio lhes fornecia. Comentavam sobre luzes que cruzavam, belíssimas, os céus das Minas Gerais.
Pela manhã vi, estarrecido, que uma boa quantidade de flores sutis, quase uma haste invisível a olhos crus, ficaram pisoteadas pelos adoradores do além. Moraram na filosofia?
Outra moda nas religiões é a propagação de outra morte: a do ego. Falam isso como se fosse um novo e revigorante dogma. Realmente, o planeta destruidor vem em nossa direção por causa do nosso ego. Erro pelo ego. Erro porque existo.
Que tal ir para a rua em massa e gritar pela Amazônia definitivamente? Pela despoluição radical, não consumindo mais nada que interfira na vida do Planeta Terra. Gritar também contra os que brincam de deus e movimentam a vida de acordo com o lucro. E leve o ego consigo.
O que nos detona também é não aceitar que o outro não pense como nós, e se o Deus maiúsculo não nos punir pela indiferença, não tem problema: seus seguidores o farão. Os seguidores agirão da maneira que for necessária para você se submeter, desde a excomunhão, lançando-nos numa fogueira metafísica, até uma explosão básica, pulverizando nosso corpo ímpio.
E pestes antecipadas – gripes suínas-humanas – que são, não são, letais. As pessoas com máscaras – focinhos?
O Armagedon dos que dizem escolher o além à vida terrena. Ora bolas, se uma pessoa não consegue ver o divino a seus pés e a seu redor, vai achá-lo nas estrelas?
Um dia, num camping, vi isso claramente. Gnósticos afoitos buscavam a constelação de Órion e se emocionavam com o resultado da boa imagem que o telescópio lhes fornecia. Comentavam sobre luzes que cruzavam, belíssimas, os céus das Minas Gerais.
Pela manhã vi, estarrecido, que uma boa quantidade de flores sutis, quase uma haste invisível a olhos crus, ficaram pisoteadas pelos adoradores do além. Moraram na filosofia?
Outra moda nas religiões é a propagação de outra morte: a do ego. Falam isso como se fosse um novo e revigorante dogma. Realmente, o planeta destruidor vem em nossa direção por causa do nosso ego. Erro pelo ego. Erro porque existo.
Que tal ir para a rua em massa e gritar pela Amazônia definitivamente? Pela despoluição radical, não consumindo mais nada que interfira na vida do Planeta Terra. Gritar também contra os que brincam de deus e movimentam a vida de acordo com o lucro. E leve o ego consigo.
O que nos detona também é não aceitar que o outro não pense como nós, e se o Deus maiúsculo não nos punir pela indiferença, não tem problema: seus seguidores o farão. Os seguidores agirão da maneira que for necessária para você se submeter, desde a excomunhão, lançando-nos numa fogueira metafísica, até uma explosão básica, pulverizando nosso corpo ímpio.
Não é estranho que uma terra chamada santa só tenha martírios?
Estou com o profeta sem morada: um copo de vinho preferido é melhor que muitas virtudes. Adoram o além, e quem fica para limpar essa nódoa que o homem medroso joga sobre sua própria morada? Modificam o pensamento, mas continuam entupindo as ruas com suas carangas novinhas. Reclamam da vibração planetária, mas sequer conseguem resistir a uma pedaço sangrento de carne ou a varrer suas calçadas com a mangueira – centenas de litro d´água para limpar poeiras.
Gente estranha, quando buscam ascensão acabam por querer tacar fogo no que não conseguiram desfrutar.
Uma manga rosa pode ter a doçura de um salmo.
Psicologia de botequim? Pode ser. Prefiro muitas vezes um botequim do que um templo onde se compra o paraíso – e ele quase sempre é vendido pelo aval do medo.
Estou com o profeta sem morada: um copo de vinho preferido é melhor que muitas virtudes. Adoram o além, e quem fica para limpar essa nódoa que o homem medroso joga sobre sua própria morada? Modificam o pensamento, mas continuam entupindo as ruas com suas carangas novinhas. Reclamam da vibração planetária, mas sequer conseguem resistir a uma pedaço sangrento de carne ou a varrer suas calçadas com a mangueira – centenas de litro d´água para limpar poeiras.
Gente estranha, quando buscam ascensão acabam por querer tacar fogo no que não conseguiram desfrutar.
Uma manga rosa pode ter a doçura de um salmo.
Psicologia de botequim? Pode ser. Prefiro muitas vezes um botequim do que um templo onde se compra o paraíso – e ele quase sempre é vendido pelo aval do medo.