Vi um geólogo afirmando, do alto de seus conhecimentos técnicos, que jamais poderia haver construção naquela área da Praia do Bananal, na Ilha Grande. Ele foi categórico: terra sobre pedra em declive, e não é I Ching.
Isso resume a irresponsabilidade do poder público. Para se construir precisa-se do alvará concedido pela prefeitura. E não houve nenhum geólogo da prefeitura nessa análise do terreno na época da construção? Conheço bem a Ilha Grande, o outro lado bem mais. Há inúmeras casas enfiadas nas matas, encostas e até nas praias. Há um desleixo completo nas ocupações, fora o desmatamento ( antes do tombamento? ) para as construções. Outro geólogo, esse morador da Ilha, Alexandre Cuellar de Oliveira e Silva “reclama que um decreto assinado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em junho de 2009, flexibilizou construções em áreas onde antes eram proibidas.
- A área que o novo decreto libera para construção são as áreas das costeiras da Ilha. Áreas que não eram permitidas a construção pela preservação da vida silvestre. Esse novo decreto vem a liberar essas áreas.”
http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/geologo-diz-que-falta-de-fiscalizacao-de-obras-na-ilha-grande-coloca-moradores-em-risco-20100102.html
Agora todos ficam perplexos, e devemos ficar mesmo pois se o órgão público responsável pela autorização, Instituto Estadual de Ambiente, permite construção em área instável, o que fazer?
Para antecipar o clima pesado do início de ano (e eu estava bem longe disso, me preparando para salvar um ciclista sem freio e abraçar o barranco ), o âncora da Bandeirantes revela pelo microfone indiscreto sua escala de valores e valores da escala de trabalho. Uma vez foi um ministro, já recuperado pelo tempo, que soltou suas pérolas via parabólica sobre o que se deve divulgar para o povão. Agora o âncora, que tem em seu bordão isso é uma vergonha o corretivo diário, graceja de forma cruel aos augúrios dos garis. Do alto de suas vassouras nos desejam feliz ano novo, e o âncora analisa isso como uma merda. Eu analiso o âncora: completamente fora de qualquer importância ética seu pensamento mesquinho. Se há alguma escala na importância do trabalho, certamente ocupa um lugar especial quem limpa a sujeira do outro. Em uma sociedade que a sujeira é varrida para debaixo do tapete, onde a grana vai para a cueca, meias, sutiãs, contas numeradas, cinismos os mais variados, a importância de quem limpa tem que ser enaltecida.
Eu agradeço os votos de feliz ano novo de quem limpa a sujeira dos outros, a nossa sujeira.
Na escala ética de ser humano, para mim, o âncora naufragou. Não são desculpas que limparão agora a fala anunciada sem querer, esse lixo de comentário.
Eu teria vergonha em aparecer em público de novo. Mas como nessa sociedade a vergonha deixou de ter algum valor, continue, senhor âncora, a criticar a politicagem macabra que nos assola.
Só não vale dizer que a recusa dos votos dos garis – por estarem em escala baixa nos labores – foi algo impensado. Tem muita gente que ama uma sujeira daquelas, ou essa.
É realmente uma vergonha tudo isso!
Isso resume a irresponsabilidade do poder público. Para se construir precisa-se do alvará concedido pela prefeitura. E não houve nenhum geólogo da prefeitura nessa análise do terreno na época da construção? Conheço bem a Ilha Grande, o outro lado bem mais. Há inúmeras casas enfiadas nas matas, encostas e até nas praias. Há um desleixo completo nas ocupações, fora o desmatamento ( antes do tombamento? ) para as construções. Outro geólogo, esse morador da Ilha, Alexandre Cuellar de Oliveira e Silva “reclama que um decreto assinado pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em junho de 2009, flexibilizou construções em áreas onde antes eram proibidas.
- A área que o novo decreto libera para construção são as áreas das costeiras da Ilha. Áreas que não eram permitidas a construção pela preservação da vida silvestre. Esse novo decreto vem a liberar essas áreas.”
http://noticias.r7.com/rio-e-cidades/noticias/geologo-diz-que-falta-de-fiscalizacao-de-obras-na-ilha-grande-coloca-moradores-em-risco-20100102.html
Agora todos ficam perplexos, e devemos ficar mesmo pois se o órgão público responsável pela autorização, Instituto Estadual de Ambiente, permite construção em área instável, o que fazer?
Para antecipar o clima pesado do início de ano (e eu estava bem longe disso, me preparando para salvar um ciclista sem freio e abraçar o barranco ), o âncora da Bandeirantes revela pelo microfone indiscreto sua escala de valores e valores da escala de trabalho. Uma vez foi um ministro, já recuperado pelo tempo, que soltou suas pérolas via parabólica sobre o que se deve divulgar para o povão. Agora o âncora, que tem em seu bordão isso é uma vergonha o corretivo diário, graceja de forma cruel aos augúrios dos garis. Do alto de suas vassouras nos desejam feliz ano novo, e o âncora analisa isso como uma merda. Eu analiso o âncora: completamente fora de qualquer importância ética seu pensamento mesquinho. Se há alguma escala na importância do trabalho, certamente ocupa um lugar especial quem limpa a sujeira do outro. Em uma sociedade que a sujeira é varrida para debaixo do tapete, onde a grana vai para a cueca, meias, sutiãs, contas numeradas, cinismos os mais variados, a importância de quem limpa tem que ser enaltecida.
Eu agradeço os votos de feliz ano novo de quem limpa a sujeira dos outros, a nossa sujeira.
Na escala ética de ser humano, para mim, o âncora naufragou. Não são desculpas que limparão agora a fala anunciada sem querer, esse lixo de comentário.
Eu teria vergonha em aparecer em público de novo. Mas como nessa sociedade a vergonha deixou de ter algum valor, continue, senhor âncora, a criticar a politicagem macabra que nos assola.
Só não vale dizer que a recusa dos votos dos garis – por estarem em escala baixa nos labores – foi algo impensado. Tem muita gente que ama uma sujeira daquelas, ou essa.
É realmente uma vergonha tudo isso!
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